16.2.11

Sou sentimento que corrói por dentro.

Fogo que consome entranhas, destroi o fígado, rins, pulmão. Cada pedaço d'alma consumido, reduzido a cinzas pelo fogo que sinto. Coração revolto. Taquicardia.

Por dentro choro, grito, esperneio. Sou sentimento puro. Mar revolto. Lágrimas que caem copiosamente. Palavras de amor engasgadas, que fecham a minha garganta, paralisam a minha respiração.

Amo um amor interno, construído por mim. Um castelo de solidão. Só reago. Sinto essa dor sozinho. Não demonstro, não gesticulo. O corpo é frio, paralítico, tal um cadáver.

Silencio, as palavras me faltam a boca. Não tenho coragem.

Eu te amo(ei). E você nunca soube.

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