Senti vontade de escrever em cada espaço em branco daquela parede. Deixar, ali, uma marca daquela profussão de sentimentos.
O palhaço ainda com a maquiagem, chora seus terremotos internos.
Nas paredes estaria escrita a gloriosa história dele, que morreu afogado em suas lágrimas, até encontrar a outra parte da sua solidão.
A água consome o palhaço e faz dele um espetáculo tragicômico.
A história seria cíclica, sem fim. Mesmo sem acreditar na eternidade, aquele era um momento em que ele queria a eternidade.
Em um suspiro, o palhaço encontra o pássaro. Ele então agarra-se ao pássaro e experimenta uma lufada de liberdade.
À esse momento, o vinho já lhe descia mal, quando imaginou as belas declarações que ele gostaria de escrever.
O tragicômico passou, mas o palhaço ainda mantinha os seus medos. Não confiava.
A tontura chegou, procurou uma caneta próxima. Ele precisava falar aquilo.
O palhaço calou-se
16.6.09
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