Com aquele seu jeito sutil e calmo, pegou sua bolsa branca, olhou-me, tocou meus lábios com sua boca e disse:
- Tenho que ir. Amanhã nos vemos.
E a conjunção dessas simples palavras, vendo-a e observando-a na beleza dos seus cachos pretos me fez perceber o quanto eu gosto dela. Tive a certeza, quando ela olhou nos meus olhos e ameaçava sair sorrateira, o quanto eu desejava-a perto de mim. Não disfarcei meu desejo de estar com ela, na minha face. Mesmo assim, menti.
- Tudo bem.
- Mesmo? Não vá ficar pensando coisas ruins.
Sorri e percebi que minha expressão de desalento e tristeza quando ela anunciou que iria embora foi mais forte e marcante do que imaginei. Falei que não havia problemas, mesmo que internamente eu sentia um desejo assustador de ficar com ela por, pelo menos, algumas horas a mais. Mas tinha que respeitar a sua liberdade e o seu desejo de ir.
Ela foi.
31.5.09
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